Uso clínico do hormônio antimulleriano

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O hormônio antimulleriano (AMH) é um hormônio produzido nos ovários, pelos folículos nos estágios iniciais do desenvolvimento, o que reflete a reserva ovariana como um todo, e vem sendo muito usado na prática clínica. Mas todo mundo deve dosar?


Na população geral, ou seja, mulheres sem infertilidade:

  • Ele correlaciona com a diminuição da reserva ovariana, ou seja, quanto menor, mais perto da menopausa ela pode estar.
  • Não há relação com a taxa de gestação espontânea, mesmo mulheres com valores baixos, tem taxa de gestação semelhante àquelas com valores normais.

No grupo das pacientes inférteis:

  • Ele pode ser usado para predizer a quantidade de óvulos obtidos, uma vez que guarda relação direta com o número de folículos antrais, ajudando na escolha do melhor protocolo de indução para fertilização in vitro.
  • Pode ser um bom preditor para o sucesso do tratamento, mas não um indicador isolado de que a paciente pode ou não fazer um ciclo de fertilização, ou seja, se for baixo, não indica diretamente a paciente para um programa de doação de óvulos, mas devendo orientar que a resposta será de poucos óvulos e que provavelmente seriam necessários vários ciclos até encontrar um bom embrião. Assim podemos individualizar cada caso. 

Dra. Andrea Moraes
CRM 5266039-6
Especialista em reprodução humana