Síndrome do Ovário Policístico: tudo o que você precisa saber

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O que é?

Também conhecida pela sigla SOP, a Síndrome dos Ovários Policísticos é um distúrbio hormonal muito comum que afeta, em média, 1 a cada 12 mulheres em idade reprodutiva.

É caracterizada por desequilíbrios hormonais que podem ocasionar a formação de cistos nos ovários e interferir na ovulação.

Quais são os sintomas?

É sempre importante ressaltar que os sintomas variam entre as mulheres. Os mais comuns são:

– Ciclos menstruais irregulares e menor frequência de ovulação;
– Dificuldade para engravidar;
– Excesso de hormônios masculinos que pode resultar em características físicas, como surgimento de pelos faciais, nos seios e abdômen, maior queda de cabelo, ganho de peso, pele oleosa e acne.

Além desses, a síndrome pode estar associada a alterações metabólicas e da insulina, o que favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade.

Como é realizado o diagnóstico?

Muitas pessoas acreditam que os exames responsáveis por apontar cistos no ovário são suficientes para diagnosticar a Síndrome do Ovário Policístico, mas isso não basta. A presença de diversos cistos nos ovários pode ser uma condição normal e fisiológica que acontece pelo processo de ovulação, ou outras alterações hormonais.

Os critérios de diagnóstico da SOP são baseados nas queixas e na avaliação clínica detalhada e individual. Histórico médico e exame físico, combinados a exames solicitados pelo profissional, como exame de sangue e ultrassonografia, fazem parte do processo de diagnóstico da doença.

Como tratar?

O tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos precisa ser realizado com um profissional de confiança, pois ele é individual e varia de acordo com o quadro e as necessidades da paciente.

A primeira linha de tratamento para todas as pacientes envolve mudança no estilo de vida, alimentação adequada e exercícios físicos. Diversos estudos mostram que a perda de 5 a 10% do peso pode restaurar o equilíbrio hormonal e a ovulação em algumas pacientes.

O controle das alterações metabólicas e a prevenção de doenças futuras podem ser alcançados com controle da insulina, através de medicação específica e com atividade física.

É preciso separar dois perfis de mulheres: as que querem engravidar e as que não querem.

– As que não querem engravidar: é possível realizar o tratamento com algum tipo de anticoncepcional, pois auxiliam na diminuição dos hormônios masculinos. Elas precisam ser bem avaliadas para saber qual anticoncepcional é o mais indicado, considerando suas condições e riscos.

– As que querem engravidar: pode ser realizado um tratamento específico para estimular a ovulação.

Para queixas relacionadas ao excesso de hormônios masculinos, podem ser usados medicamentos inibidores desses hormônios, para reduzir crescimento excessivo de pelos, oleosidade da pele e acne. Bem como tratamento em conjunto com dermatologistas.

Lembrando que todo e qualquer tipo de tratamento só deve ser iniciado através da indicação e orientação profissional.  


Dra. Andrea Moraes
CRM 5266039-6
Especialista em reprodução humana