Na mídia: matéria onde falo sobre medidas preventivas para as pacientes com endometriose

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Março é o mês dedicado ao alerta e conscientização das mulheres para que não haja atraso no diagnóstico e nos cuidados da endometriose, doença que acomete cerca de sete milhões de brasileiras, segundo informa a Associação Brasileira de Endometriose. Trata-se de doença inflamatória que acontece quando o tecido que reveste o interior do útero, o endométrio, está presente fora da sua localização. Muitas mulheres não têm sintomas, enquanto outras podem apresentar dor pélvica, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar e comprometimento de diversos órgãos.

O problema atinge uma em cada 10 mulheres no período reprodutivo, com maior incidência de 25 a 35 anos. Aproximadamente metade das mulheres com endometriose possui dificuldade para engravidar. Na opinião da ginecologista e especialista em reprodução humana Andrea Moraes, o diagnóstico precoce é fundamental, mas outros cuidados devem ser tomados.

“Medidas preventivas não garantem que o problema não apareça, mas podem trazer benefícios. Sabemos que a falta de atividade física, o estresse, a privação de sono e a má alimentação contribuem para o desenvolvimento da endometriose. Para mulheres com diagnóstico de endometriose, cuidar do funcionamento do intestino é fundamental, porque muitas delas apresentam prisão de ventre e gases, o que aumenta a percepção de dor”.

Por ser uma doença inflamatória, consumir mais alimentos ou vitaminas anti-inflamatórias e antioxidantes, como Ômega 3, são aliados no controle da doença. Os principais alimentos indicados são a ingestão de frutas vermelhas, frutas cítricas, semente de abóbora, verduras, castanhas e amêndoas sem sal, chá de camomila e peixes, como atum, sardinha e salmão. Por outro lado, os vilões são pães e bolos à base de farinha, frituras e alimentos processados ou à base de refinados.

A terapia para a endometriose deve ser feita de acordo com a orientação da ginecologista e vai depender dos sintomas e se há infertilidade associada. Pode ser feito com hormônios para bloquear o ciclo menstrual, analgésicos para dor ou cirurgia. De acordo com a Dra. Andrea Moraes, as mulheres que desejam realizar o sonho da maternidade podem recorrer às técnicas de reprodução assistida.“O tratamento da infertilidade associado à endometriose vai depender dos sintomas da paciente, idade, história clínica, podendo ser cirúrgico ou através das técnicas de reprodução assistida, ou ainda os dois combinados. Os tratamentos clínico e cirúrgico evoluíram muito e a reprodução assistida vem possibilitando aumento nas chances de engravidar”, concluiu.

Cólicas fortes mensais podem ser sintomas da endometriose, assim como infecções urinárias e dores durante o ato sexual frequentes. Fique atenta aos sinais e procure um médico.

Matéria disponível em:

https://odia.ig.com.br/dmulher/2021/03/6115963-endometriose-boa-alimentacao-e-uso-de-vitaminas-anti-inflamatorias-ajudam-no-combate-a-doenca-diz-medica.html

Dra. Andrea Moraes
CRM 5266039-6
Especialista em reprodução humana